terça-feira, 12 de abril de 2011

Pangeia

Mapa de Pangeia
Animação mostrando separação da Pangeia
 
Designa-se por Pangeia o continente que, segundo a teoria da deriva  continental, existiu até há 200 milhões de anos, durante a era Mesozoica, porém, há relatos também de 540 milhões de anos.

A palavra origina-se do fato de todos os continentes estarem juntos (pan do grego, pâs, pâsa, pân, todo, inteiro) e exprime a noção de totalidade, universalidade, formando um único bloco de terra (gea) ou Géia, Gaia ou Ge como a Deusa que personificava a terra com todos os seus elementos.

Milhões de anos se passaram até que a Pangeia se fragmentou, dando origem a dois mega-continentes.
Separação esta que ocorreu lentamente e se desenvolveu deslocando sobre um subsolo oceânico de basalto.

A parte correspondente à América do Sul, África, Austrália e Índia, denomina-se Gondwana (região da Índia). O resto do continente, onde estava a América do Norte, Europa, Ásia e o Ártico se denomina Laurásia.
A Pangeia era cercada por um único oceano Pantalassa.

Foi inicialmente sugerida a hipótese no início do século XX pelo meteorologista alemão Alfre Wegener, criando uma grande polêmica entre a classe científica da época.
Wegener teve como ponto de partida de sua teoria os contornos semelhantes da costa da América com a da África, os quais formariam um encaixe quase perfeito.

Entretanto, não foi utilizado este fato na sua fundamentação científica, mas a comparação dos fósseis encontrados nas regiões brasileira e africana.
Como estes animais não seriam capazes de atravessar o oceano na época, então concluiu-se que eles teriam vivido em mesmos ambientes em tempos remotos.

Esta teoria foi aceita, sendo até ridicularizada pela classe científica.
Foi confirmada somente em 1940, após 15 anos da morte de Wegener.

Fonte: Wikipédia

Ditos Populares

Tudo com dantes no quartel d'Abrantes

Tudo está como antes, nada mudou.

A frase surgiu no início do século 19, com a invasão de Napoleão Bonaparte à Península Ibérica.
Portugal foi tomado pelas forças francesas, porque havia demorado a obedecer ao Bloqueio Continental, imposto por Napoleão, que obrigava o fechamento dos portos a qualquer navio inglês.
Em 1807, uma das primeiras cidades a serem invadidas pelo general Jean Androche Junot, braço-direito de Napoleão, foi Abrantes, a 152 quilômetros de Lisboa, na margem do rio Tejo.
Lá instalou seu quartel-general e, meses depois, se fez nomear duque d’Abrantes.
O general encontrou o país praticamente sem governo, já que o príncipe-regente dom João VI e toda a corte portuguesa haviam fugido para o Brasil. Durante a invasão, ninguém em Portugal ousou se opor ao duque.
A tranqüilidade com que ele se mantinha no poder provocou o dito irônico.
A quem perguntasse como iam as coisas, a resposta era sempre a mesma: “Esta tudo como dantes no quartel d’Abrantes”.

Fonte:  Flávia Souto Maior


O pior cego é o que não quer ver

Diz-se da pessoa que não quer ver o que está bem na sua frente. Nega-se a ver a verdade.

Em 1647, em Nimes, na França, na universidade local, o doutor Vicent de Paul D’Argenrt fez o primeiro transplante de córnea em um aldeão de nome Angel.
Foi um sucesso da medicina da época, menos para Angel, que assim que passou a enxergar ficou horrorizado com o mundo que via.
Disse que o mundo que ele imagina era muito melhor. Pediu ao cirurgião que arrancasse seus olhos.
O caso foi acabar no tribunal de Paris e no Vaticano. Angel ganhou a causa e entrou para a história como o cego que não quis ver.

Casa de mãe Joana

Onde vale tudo, todo mundo pode entrar, mandar, etc.

Esta vem da Itália.
Joana, rainha de Nápoles e condessa de Provença (1326-1382), liberou os bordéis em Avignon, onde estava refugiada, e mandou escrever nos estatutos: “que tenha uma porta por onde todos entrarão”.
O lugar ficou conhecido como Paço de Mãe Joana, em Portugal.
Ao vir para o Brasil a expressão virou “Casa da Mãe Joana”.
A outra expressão envolvendo Mãe Joana, um tanto chula, tem a mesma origem, naturalmente.

Santinha do pau ôco

Pessoa que se faz de boazinha, mas não é.

Nos século XVIII e XIX os contrabandistas de ouro em pó, moedas e pedras preciosas utilizavam estátuas de santos ocas por dentro.
O santo era “recheado” com preciosidades roubadas e enviado para Portugal.

Ficar a ver navios

Esperando algo que não aconteceu ou não apareceu. Esperar em vão.

O rei de Portugal, Dom Sebastião, morreu na batalha de Alcácer-Quibir, mas o corpo não foi encontrado.
A partir de então (1578), o povo português esperava sempre o sonhado retorno do monarca salvador.
Lembremos que, em 1580, em função da morte de Dom Sebastião, abre-se uma crise sucessória no trono vago de Portugal.
A conseqüência dessa crise foi a anexação de Portugal à Espanha (1580 a 1640), governada por Felipe II.
Evidentemente, os portugueses sonhavam com o retorno do rei, como forma salvadora de resgatar o orgulho e a dignidade da pátria lusa.
Em função disso, o povo passou a visitar com freqüência o Alto de Santa Catarina, em Lisboa, esperando, ansiosamente, o retorno do dito rei.
Como ele não voltou, o povo ficava apenas a ver navios.

Fonte: http://colunistas.ig.com.br/