quarta-feira, 9 de março de 2011

Babosa (Aloe vera)

A Babosa (Aloe vera) é uma planta medicinal extremamente conhecida e utilizada no mundo inteiro. Pertence a família das Liliáceas (Liliaceae).

Usos Tradicionais: acne, amenorréia, artrite, caspa, cicatrizes, constipação, feridas, heras-venenosas, herpes, queimaduras, queimaduras de sol, lombriga, psoríase, tuberculose, úlceras.

Propriedades Medicinais: antibacteriano, antiinflamatório, antifúngico, biogênico, colagogo, demulcente, emenagogo, emoliente, hepático, laxativo, purgante, rejuvenescedor, tônico estomacal, vermífugo.

O poder da Aloe vera é extremamente incrível.
Queimaduras profundas tratadas com esta planta, algumas vezes conseguem evoluir para uma queimadura de menor grau em poucos dias.

Durante as últimas décadas, diversos estudos foram realizados em todo o mundo a fim de se investigar diversas propriedades da Babosa, planta em formato de cacto.

A indústria cosmética vê a Aloe vera como base e fitocosmético para vários produtos de beleza, tais como cremes faciais e capilares, limpadores de pele (removedor de impurezas da pele), anti-rugas, fortalecedor do couro cabeludo e desodorantes.

Ajuda a combater a caspa, previne contra as rugas hidratando peles ressecadas e flácidas e, aplicada como loção após a barba, é ótimo suavizante para a pele.

Além disso, a Babosa é muito útil para o tratamento de cortes e feridas, acne, coceiras, manchas na pele, picadas de insetos, dores musculares, problemas digestivos, artrite, sinusite e asma, além do já citado combate eficiente à queimaduras, seja por fogo ou raios solares.

Quanto ao tratamento do cancer, nada ainda foi comprovado pela comunidade científica sobre a eficiência da Babosa.

Estudos já concluiram que a Babosa fortalece o sistema imunológico e tem ação anti-inflamatória e antiviral (inclusive inibindo a multiplicação do vírus da AIDS).

Algumas pesquisas isoladas mostraram que os oligossacarídeos presentes na babosa ajudam a combater as células malignas, no entanto, concluiu-se também que seu consumo não deve ser indiscriminado, pois pode provocar dores abdominais, fortes diarréias (que os defensores do uso da planta afirmam ser o “efeito limpeza”) e, em doses elevadas, pode causar até inflamação nos rins.

As mesmas pesquisas mostram que os princípios ativos encontram-se no gel mucilaginoso das folhas da Aloe vera e não na casca da folha.

Cautela com a utilização da babosa é importante, vez que a planta possui alguns efeitos colaterais.

Os principais componentes da babosa (aloína, aloeferon, aloetina e barbalodina) são responsáveis pelas propriedades medicinais da planta que, além de cicatrizante, é utilizada como tônico digestivo e laxante.

Contudo, como os componentes da babosa têm propriedades emenagogos (aumentam o fluxo sanguíneo), sendo contraindicada na gravidez.

Em doses altas, a Aloe vera pode provocar vômitos e se transformar num purgativo drástico, sendo totalmente desaconselhável seu uso em crianças, onde os efeitos colaterais podem ser potencializados.

O uso também é contra-indicado em casos de varizes, hemorróidas, afecções renais, enterocolites, apendicites, prostatites e cistites.

O uso interno prolongado provoca hipocalemia e favorece o surgimento de hemorróidas.

Enquanto cresce a discussão em torno da indicação da Aloe vera para uso interno, por outro lado, é unânime o reconhecimento das propriedades da planta para uso externo.

Sobre a pele, as substâncias contidas na babosa agem formando uma camada protetora e refrescante, com amplo uso cosmético e medicinal.

Como Usar Babosa (Formas de Utilização):

Existem vários formas de se utilizar a Babosa (Aloe vera), dentre elas se destacam:

Suco: Os benefícios do suco da babosa ainda são controversos.

O suco é extraído da polpa da planta, já que a casca não é recomendada.

Dilui-se uma colher de sopa em meio vaso de água e se toma de uma a três vezes por dia antes das refeições.

A ingestão excessiva do suco da Babosa pode causar dores abdominais e diarréia.

O suco da Aloe vera não deve ser tomado internamente durante a gravidez, menstruação ou em casos de sangramento retal, apesar do Gel da Babosa ser usado externamente sob essas condições.

Os fortes compostos laxantes presente na planta são passados para o leite materno, por isso mães que estão amamentando devem evitar o uso interno da babosa.

Gel: Pesquisadores modernos identificaram vários motivos pelo qual o gel da Babosa estimula a cicatrização de feridas, vez que o gel da Aloe tem propriedades antibacterianas, antifúngicas e antivirais, além de compostos que ajudam a prevenir a infecções de feridas.

Ele também tem imunoestimulantes e compostos anti-inflamatórios, estimulando a síntese de colágeno e a regeneração da pele.

O gel da Babosa contém vitaminas C e E, além do mineral zinco, o que ajuda a curar feridas de todos os tipos.

Usa-se parte do gel extraído da folha da babosa para ser utilizada na higiene diária.

Geralmente os produtos vendidos à base da Babosa possuem forma pouco concentrada.
O gel só deve ser usado externamente.

In Natura: Aplica-se a folha da Aloe vera diretamente sobre as queimaduras e as feridas, sobre a pele seca, as infecções por fungos e as picadas de insetos. Pode-se tomar duas colheres por dia.

Pomada: Para obter a pomada, deve-se abrir várias folhas de Babosa para obter uma grande quantidade do gel da planta.

Após isso, deve-se fervê-lo até que se forma uma pasta espessa.

Deve-se guardar em frascos limpos e em local fresco.
O modo de utilizar é o mesmo das folhas.

Tônico: O gel da babosa fermentado com mel e especiarias é empregado como tônico e auxilia contra a anemia, problemas digestivos e hepatite.

Inalações: O gel da planta ajuda a combater a congestão bronquial.

História e Curiosidades:

O nome do gênero Aloe vera seria originário do hebráico halal ou do arábico alloeh, que significa substância amarga, brilhante e recorre ao gel da babosa.

O nome da espécie vera vem do latim vera (= verdadeira).
Ao que tudo indica, ela é considerada uma planta poderosa há muito tempo.

A evidência de uso da Babosa mais antiga foi encontrada em um tablete de barro na Mesopotâmia, datado de 2.100 a.C (Atherton High School Study).

 Referências para seu uso como um agente curativo podem ser achadas também nas culturas dos antigos egípcios, chineses, gregos, indianos e também na literatura cristã.

Antigos muçulmanos e judeus acreditavam que a babosa representava uma proteção para todos os males e, por isso, usavam as folhas até penduradas na porta de entrada da casa.

Alexandre, o Grande, teria conquistado as Ilhas de Socotorá, no Oceano Índico (século IV a.C.), porque lá vegetava abundantemente um tipo de babosa que produzia uma tinta violácea.

Há quem diga, entretanto, que na verdade, o conquistador conhecia os poderes cicatrizantes da babosa e seu principal interesse nas ilhas era ter plantas suficientes para curar os ferimentos dos seus soldados após as batalhas.

Lendas também indicam que a Babosa era um dos segredos da beleza de Cleópatra.

Na África, caçadores esfregam o suco de Babosa em seus corpo para reduzir a transpiração e mascarar o cheiro humano.

A babosa é uma das plantas mais adaptáveis e fáceis de crescer.
Porém, tome cuidado, vez que as folhas da Babosa utilizadas em grande quantidades podem causar náuseas e vômitos.

Fonte: http://www.plantasmedicinaisefitoterapia.com/

terça-feira, 8 de março de 2011

DNA: o nosso código secreto

Um pouco de história

No dia 25 de Abril de 1953, dois cientistas mudaram a história da ciência ao publicar um trabalho de uma página em uma importante revista científica.

Os dois cientistas eram James Watson e Francis Crick, que tinham feito uma incrível descoberta sobre a molécula de DNA.

Nesta época, já se sabia que a molécula de DNA transporta as informações genéticas e se conhecia sua composição, porém ninguém nunca tinha sido capaz de desvendar a sua estrutura.
E esse desafio foi vencido por Watson e Crick.

Na verdade, Watson e Crick tinham coletado informações de estudos realizados por outros cientistas, como Maurice Wilkins e Rosalind Franklin, para propor a estrutura do DNA.

Para muitos, Watson e Crick não tinham o direito de reivindicar para si aquela descoberta, já que usaram informações de estudos de outros cientistas.

A comissão do prêmio Nobel levou isto em consideração e, em 1962, conferiu o Prêmio Nobel de Medicina a Watson, Crick e Wilkins, pela descoberta da estrutura do DNA. 
Rosalind Franklin já havia morrido.

O fato é que a partir desta descoberta, a biologia nunca mais foi a mesma.
Desde então iniciou-se uma ciência inteiramente nova, que possibilitou avanços e inovações nunca antes pensados.

O que é o DNA?

Em português, a sigla DNA significa ácido desoxirribonucléico.
Mas este nome é muito complicado!

O que importa é você saber que o DNA é uma molécula que existe dentro das células de todos os seres vivos, desde as bactérias, fungos e protozoários até os animais e plantas, e contém as informações necessárias para formar um ser vivo e para que ele possa se reproduzir.

O DNA é como um código secreto de letras, que ao ser decifrado pela célula, produz os componentes que fazem parte do nosso corpo.

Não conseguimos ver uma molécula de DNA a olho nu. Para estudá-la precisamos utilizar técnicas e aparelhos específicos.
O DNA é formado por unidades menores chamadas nucleotídeos.

Existem 4 tipos de nucleotídeos, representados pelas letras A, C, G e T (veja a figura).

A forma como esses nucleotídeos se arrumam é que faz com que os seres vivos sejam diferentes um dos outros.

Para ficar mais fácil, veja um exemplo com as letras A, O, M, R.
Com estas 4 letras podemos formar as palavras AMOR, ROMA, ORAM, MORA, RAMO. 
Se uma das letras puder ser repetida, podemos formar ainda as palavras MORRO e AMORA, por exemplo.

Observe que usamos as mesmas letras, porém formamos palavras com significados diferentes.
A mesma idéia pode ser aplicada para o DNA.

Os 4 tipos de nucleotídeos se arrumam de diversas maneiras na molécula de DNA, formando os diferentes seres vivos.

Os nucleotídeos (representados por G, C, A e T)
são as unidades que formam o DNA.

Estrutura da molécula de DNA

Uma molécula de DNA é formada por duas fitas de nucleotídeos, como mostra a ilustração abaixo.

Note que nessas fitas o nucleotídeo “A” sempre se liga ao “T” e “C” sempre se liga a “G”.
Essa regra é respeitada por toda a molécula de DNA.
Os desenhos mostrados aqui são somente representações
da molécula de DNA. Lembre-se que não conseguimos ver
a molécula de DNA a olho nu.

Dentro das células, as duas fitas de DNA não se encontram lado a lado como mostrado acima.
Elas se encontram retorcidas e interligadas entre si em diversos pontos.
Veja na figura I.

A maneira como os nucleotídeos se organizam, formando uma dupla hélice de DNA, foi a descoberta que rendeu o Prêmio Nobel a Watson e Crick.

Veja abaixo o desenho que eles fizeram em seu trabalho para representar a dupla fita de DNA (Figura II).


Pouco mais de 50 anos se passaram desde a descoberta da estrutura do DNA, e hoje assistimos a um espantoso avanço nesta área de pesquisa
.
As discussões sobre o DNA estão em toda parte: clonagem, Projeto Genoma, alimentos transgênicos, testes de paternidades; são várias as aplicações desse novo conhecimento, que também levanta questões éticas fundamentais que os cientistas tentam responder.

Dia Internacional da Mulher


História do 8 de março

No dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de Nova Iorque, fizeram uma grande greve.
Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.
A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano.
Porém, somente no ano de 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o "Dia Internacional da Mulher", em homenagem as mulheres que morreram na fábrica em 1857.
Mas somente no ano de 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas).

Objetivo da Data 

Ao ser criada esta data, não se pretendia apenas comemorar.
Na maioria dos países, realizam-se conferências, debates e reuniões cujo objetivo é discutir o papel da mulher na sociedade atual.
O esforço é para tentar diminuir e, quem sabe um dia terminar, com o preconceito e a desvalorização da mulher.
Mesmo com todos os avanços, elas ainda sofrem, em muitos locais, com salários baixos, violência masculina, jornada excessiva de trabalho e desvantagens na carreira profissional.
Muito foi conquistado, mas muito ainda há para ser modificado nesta história.

Conquistas das Mulheres Brasileiras 

Podemos dizer que o dia 24 de fevereiro de 1932 foi um marco na história da mulher brasileira.
Nesta data foi instituído o voto feminino. As mulheres conquistavam, depois de muitos anos de reivindicações e discussões, o direito de votar e serem eleitas para cargos no executivo e legislativo.

Marcos das Conquistas das Mulheres na História 
  • 1788 - O político e filósofo francês Condorcet reivindica direitos de participação política, emprego e educação para as mulheres.
  • 1840 - Lucrécia Mott luta pela igualdade de direitos para mulheres e negros dos Estados Unidos.
  • 1859 - Surge na Rússia, na cidade de São Petersburgo, um movimento de luta pelos direitos das mulheres.
  • 1862 - Durante as eleições municipais, as mulheres podem votar pela primeira vez na Suécia.
  • 1865 - Na Alemanha, Louise Otto, cria a Associação Geral das Mulheres Alemãs.
  • 1866 - No Reino Unido, o economista John S. Mill escreve exigindo o direito de voto para as mulheres inglesas.
  • 1869 - É criada nos Estados Unidos a Associação Nacional para o Sufrágio das Mulheres.
  • 1870 - Na França, as mulheres passam a ter acesso aos cursos de Medicina.
  • 1874 - Criada no Japão a primeira escola normal para moças.
  • 1878 - Criada na Rússia uma Universidade Feminina.
  • 1901 - O deputado francês René Viviani defende o direito de voto das mulheres.

Celulite infecciosa

Celulite infecciosa é uma inflamação das camadas mais profundas da pele provocada por bactérias (Estreptococos beta-hemolíticos do grupo A e Estafilococos aureus).

Não pode ser confundida com a “celulite estética”, que acomete grande parte das mulheres e é causada pelo acúmulo de gordura, principalmente nos quadris e pernas.

Apesar de ambas afetarem o tecido celular subcutâneo, têm causas, sintomas e gravidade totalmente diferentes.

Segundo o médico pediatra Luiz Ildegardes, coordenador das regionais da Sociedade de Pediatria do Rio de Janeiro (Soperj), para que ocorra a celulite infecciosa, basta ter uma “porta de entrada” na derme por onde as bactérias estreptococos e estafilococos se introduzem no organismo.

– Normalmente isso ocorre após uma picada de inseto, um arranhão, uma acne ou qualquer outra coisa que cause uma feridinha na pele. Esta infecção pode acometer qualquer lugar do corpo, mas geralmente acontece no rosto e nos membros inferiores – esclarece.

Ele ressalta que a celulite infecciosa deve ser tratada o quanto antes, logo no início. Caso contrário, o paciente pode até morrer. Isso porque, se a doença evoluir e atingir a corrente sangüínea, chega à septicemia (infecção generalizada do sangue).

Sintomas e tratamento

Os sintomas da celulite infecciosa são: dores pelo corpo, mancha com ardor, inchaço no local, febre, gangliopatia (inflamação nos gânglios) regional e eritema difuso.

No tratamento da doença, conforme o médico, é obrigatório o uso de antibiótico sistêmico tipo amoxacilina ou cefalosporina.
Além de medicação sintomática para a dor, repouso e boa alimentação.

– Se a celulite infecciosa não for bem tratada pode voltar. Logo nos primeiros sinais da doença, deve-se procurar um médico para iniciar imediatamente o tratamento – concluiu.

Diferença: a celulite estética e a infecciosa
Lipodistrofia ginóide (fibroedema gelóide – FEG) é o nome científico da “celulite estética”, como é popularmente conhecida. A verdadeira celulite é a infecciosa, que é a doença causada por microorganismos.


Na face: graves complicações

De acordo com o médico Luiz Ildegardes, da Sociedade de Pediatria do Estado do Rio de Janeiro (Soperj), a celulite infecciosa pode afetar qualquer pessoa, porém, é comum em crianças pequenas e em recém-nascidos, e se torna ainda mais grave quando é facial.

Por isso, o médico recomenda que as mães tenham cuidado com arranhões que a própria unha do bebê pode causar no rosto.
Além da atenção às picadas de inseto.

– A celulite infecciosa facial é potencialmente mais grave porque tende a evoluir para uma meningite ou uma complicação ocular – ressalta o especialista.

Fonte: Agência Unipress Internacional
Por Alice Mota